Família Feliz

Estava no trânsito e na minha frente tinha uma grande família - o pai, a mãe, quatro filhas e dois cachorros. Ainda bem que o carro era grande, pois fiquei imaginando está big family passeando. Sem contar o fato de serem cinco mulheres em um mesmo espaço. E os cachorros?! Será que são grandes ou pequenos?!

Não pude conferir a veracidade da informação, não desta vez, porque estou pegando o jeito. As famílias se esparramaram pela cidade através de seus carros e tem sido um divertido desafio tentar observar as parecidas com seus bonequinhos.

Certa vez era uma mulher toda dançante com um homem forte e uma criança, mas dentro do carro o homem era magrelo, a mulher não estava no pique dançante e não tinha criança. Ou o carro era emprestado, ou acabaram de comprar, ou simplesmente algo estava errado.

O casal de velhinhos com pinta de somos vovôs legais caiu perfeitamente para o casal ocupante do veículo. Eles tinham um ar de serem realmente gente boa. Outra família eram todos altos, tanto que o filho mais novo ao dar as mãos ficava penduradinho, como se estive balançando.

A família surfista com um cachorro tinha espaço para colocar as pranchas e bagageiro suficiente para guarda-sol, esteira de praia e um isopor para os comes e bebes. Outro carro estava sozinho com o seu bicho de estimação, outro só com as crianças.

A diversidade familiar é uma coisa de doido. E, certamente, a novidade dos adesivos para carro tem nos mostrado toda essa variedade em uma única cidade.

Certa vez li um artigo falando do como as famílias tomaram os lugares dos santinhos, peixes do cristianismo e frases aleatórias. Fiquei feliz por ver essa reação familiar em uma sociedade que acreditava na individualidade como sucesso absoluto. Pelo visto, as confusões familiares ainda rendem bons momentos, mesmo quando desejamos sumir de tudo e todos.

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